quarta-feira, 28 de maio de 2008

Muito melhor que bombril e canivete suíço juntos!

Ele foi chegando devagar, sem que eu notasse. Pra falar bem a verdade, no começo até torci um pouco o nariz, achei meio exagerado, totalmente supérfluo, coisa de gente metida. Mas um dia ele entrou na minha vida e se instalou de vez. Em pouco tempo percebi que seria para sempre. E não me enganei.

Ando assustada! Acho que essas criaturas do homem têm sentimentos, se comunicam por ondas de algum tipo, sei lá!

Recentemente fiz aqui uma declaração de amor rasgado ao meu forno de microondas. Eu sei que vocês não vão acreditar em mim, mas assim que publiquei aquele post, fui tomar água, fria é claro já que chá quente seria complicado, e ele tinha voltado à vida! Meu forno de microondas simplesmente voltou a funcionar depois de uns dias de beicinhos, manhas e pitis existenciais.

Claro que fiquei feliz e achei que tudo ficaria bem quando, uns dias depois, meu celular decidiu dar uma de vagalume e começou a também aprontar uma comigo. Ficou com ciúmes do microondas, vejam se eu posso com isso!

Dessa vez fui firme! Nada de cenas melodramáticas com lágrimas e ranger de dentes da minha parte. Onde é que já se viu? Daqui a pouco vou estar no meio de um motim de eletrodomésticos e afins! Fui enérgica. Marchei para a loja decidida a trocar esse aparelho por outro. Claro que me engalfinhei numa briga de foice com a companhia telefônica por conta de pontos, direitos, promoções e por aí vai.

O importante é que mostrei quem manda nessa casa! Rapidinho ele parou com aquela mania de ficar desligando por qualquer coisa e lá de vez em quando solta um soluço profundo e dá uma apagadinha. Ele sabe que ainda está sob ameaça de abandono, passou a me respeitar.

Mas é claro que esse episódio me fez pensar. Fiquei chocada com a catástrofe que seria para mim, hoje, ficar de uma hora para outra sem celular. É assustador!

Pra começar, perderia boa parte do contato com o mundo, já que minha agenda de telefones está lá, e só lá! No tempo das ultrapassadas agendas de papel, eu procurava um nome e discava os números o que podia até deixar registrado em algum canto obscuro da minha memória aqueles mais usados. No celular? Teclo a primeira letra do nome, umas setinhas pra cima ou pra baixo e aperto um botão verdinho. Ele faz todo o resto, não faço nem idéia do número para o qual ele chama, mesmo que ele me mostre, confirme, essas coisas. Eu sei, eu sei, me acomodei. Mas quem ainda sobrecarrega os próprios neurônios com números de telefone?

Então, perder o celular pode significar perder também a agenda com todos os telefones, não só daquelas pessoas pra quem eu ligo sempre, mas também daquela amiga de infância que encontrei por acaso na rua, ou do eletricista sensacional que descobri acidentalmente quando conversei com aquela massagista freelancer que só marca horário pelo celular cujo número, isso mesmo, também está gravado na agenda do meu próprio celular!

É por isso que inventaram os tais aparelhos com chip. Só pra poder transferir a agenda de um telefone para outro inteiramente. O que acontecia com as obsoletas agendas de papel quando eram trocadas? Eu, pelo menos, nunca passava tudo a limpo, acabava ficando com duas ou três e enlouquecendo parcialmente. Com agendas de celular era a mesma coisa. Trocava de aparelho e tinha de manter o antigo (junto com bateria, carregador e todas a chatices) só por causa da agenda.

Mas isso não é tudo!

Nunca consegui usar agenda de compromissos. Já tentei muitas vezes. Começo bem. Um tempo depois passo a anotar não o que está por vir, mas o que já passou, até que acabo deixando pra lá. Então descobri, maravilhada, que não só posso marcar compromissos no meu celular, como ele me avisa disso! Diante da quantidade médicos e exames, meus e das crianças, que eu tenho de gerenciar, essa característica do celular me tornou ainda mais dependente dele. É meu secretário particular, incansável, pontual, irrepreensível. É quase um mordomo que me acorda na hora certa, me avisa sobre tudo o que não posso esquecer, da maneira mais discreta possível. Uma vibradinha e pronto! O compromisso não corre mais o risco de ser perdido.

Agora ando nas ruas com um novo pavor: o de que meu celular seja roubado!

- A bolsa ou a vida!

- A vida, a vida! Mas deixe também meu celular, por favor. Ele é praticamente metade da minha vida. Não? Tá, então deixa o chip. Pelo menos me deixe copiar os compromissos das próximas semanas!!! Tem um papel e uma caneta aí pra me emprestar? Aí, valeu!

Uso meu celular na cozinha também! Ele tem um cronômetro onde marco os tempos de cozimento: 10 minutos, ele apita. Nunca mais errei na hora de assar Madeleines: 4 minutos em forno alto, piiii, 7 minutos em fogo baixo, piiii, voilà!

E os recadinhos? Quando nada funciona, o som está alto, não dá pra falar, no meio de uma aula, em plena reunião, entram em ação os torpedinhos. Dos mais pragmáticos aos mais ousados. Sem eles não vivo mais!

Rádio, máquina fotográfica, filmadora, tocador de música, acesso à internet, GPS e, agora, televisão! O modelo que uso nesse momento não tem nada dessas modernidades, mas tem uma lanterninha que já me socorreu em inúmeras situações! E eu nem mencionei as várias outras funcionalidades incríveis que já são possíveis, fora as que ainda estão em projeto e que logo serão.

Vocês, como eu, elevavam seus pensamentos mais agradecidos a Alexander Graham Bell, inventor do telefone? Pois vão ter de, também como eu, mudar de santinho. Em 2002 foi reconhecido pelo congresso americano o italiano Antonio Meucci como o verdadeiro inventor do telefone. Eu sempre soube que ficar decorando aquelas coisas na escola era bobagem! Vejam o mundo em que vivo agora. Tudo que eu quiser saber sobre cultura útil ou inútil está a alguns cliques de distância na internet. Dá até pra acessar pelo celular!

Bombril perde de lavada! Sem falar que os suíços devem estar morrendo de inveja do italiano. Ele inventou uma coisa que tem muito mais que as 1001 utilidades do famoso canivete!

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quarta-feira, 14 de maio de 2008

Minha folhinha não marca o dia de ser feliz

O dia das Mães acabou de acontecer e talvez eu venha a surpreender alguns de vocês mas dias do ano que têm nome e sobrenome geralmente me irritam. Por exemplo, nome, 11 de maio, sobrenome, dia das Mães. Outros exemplos? 12 de junho – dia dos Namorados, 25 de dezembro – Natal, isso sem contar os aniversários de todos os tipos.

Antigamente eu vivia uma expectativa insana por causa das tais datas comemorativas e na maioria das vezes o resultado era catastrófico. Afinal, não tem nada mais impossível do que data marcada para estar feliz, disponível ou de bom humor. O dia das Mães, por exemplo. Vai parecer lugar comum, mas dia das Mães é todo dia! Todo dia em que for possível estar por perto, dizer que gosta, decidir não fazer manha, obedecer, ir tomar banho sem reclamar, não espalhar os brinquedos pela sala, etc., etc., etc. Confesso que prefiro receber tudo isso a prestação, um pouquinho por dia, a ter tudo concentrado num único dia do ano.

E o mesmo vale para as outras datas!

Imaginem só: a moça acorda, depois de uma noite mal dormida por causa de uma azia ou de um pesadelo, ou por causa das duas coisas ao mesmo tempo. A dor de cabeça só aumenta ao olhar no espelho e ver que as olheiras chegam ao queixo. Ela se arruma e, quando está engolindo um café de qualquer jeito na cozinha, tropeça num pano caído no chão e derruba o café na roupa. Já tinha sido difícil encontrar o que vestir na primeira vez, na segunda é quase uma tortura, mas ela consegue. Chama o elevador, volta em casa pra buscar uma pasta de documentos que tinha esquecido, e então perde o elevador que, invarialvelmente, vai fazer um tour pelo prédio indo do subsolo ao último andar onde mora aquela família que insiste em segurar a porta por infinitos cinco minutos contados no relógio. Completamente atrasada, ela chega na garagem e se dá conta de que, quando foi buscar a pasta de documentos, esqueceu a chave do carro em cima da mesa da copa. Nesse momento ela fecha os olhos, respira fundo e pensa que não vai suportar outras 10 horas do dia iguais aos 40 minutos que acabou de viver. Enfim, consegue sair de casa, mas pega todos os sinais fechados, não encontra vaga pra estacionar na rua próxima ao trabalho, leva bronca do chefe por um erro cometido por aquela colega que detesta, recebe uma notificação de multa por estacionamento em local proibido e, para completar, ao ligar para casa descobre que a empregada não foi trabalhar exatamente no dia seguinte ao de uma festinha em que a pia ficou transbordando de louça. Enfim chega a hora de ir embora. Ela consegue pegar todos os engarrafamentos possíveis numa sexta-feira à tarde e, no momento em que enfia a chave na fechadura, quebra a unha pintada de vermelho que tinha feito na hora do almoço! Tudo o que ela quer é se enfiar embaixo do chuveiro e depois na cama, agarrada a um pote imenso de sorvete, mas, que azar!, é dia dos Namorados e estava previsto um jantar romântico cheio de velinhas perfumadas na casa dela. Jantar no qual ela imaginava usar aquela lingerie sexy que só encontrou num número menor mas que comprou assim mesmo porque estava decidida a emagrecer. Fato que, obviamente, não aconteceu, muito pelo contrário: a balança acusa pelo menos três kilos a mais! É ou não é um cenário de horror?

O pior é que o namoro até poderia estar legal, mas o trauma de um dia dos Namorados completamente arruinado pode ser lembrado por anos...

E o que dizer do contrário? O cara é o maior safado, sem noção, meio indiferente. Mas no dia dos Namorados se transforma na criatura mais romântica da face da terra, envia flores três vezes no dia, contrata um quarteto de cordas para o jantar, faz cair um par de brincos de brilhantes dentro da taça de champagne e providencia uma cama coberta de pétalas de rosas na suíte do motel cinco estrelas que reservou. Isso transforma o mancebo num super companheiro? E os outros 364 dias do ano em que ele não liga a mínima para a cara metade?

Faz relativamente pouco tempo que desenvolvi essa capacidade de ignorar as datas festivas. Até há alguns anos eu torcia, rezava, fazia simpatias, mandingas e danças tribais pra ter muito sol em dias especiais como o meu aniversário, por exemplo. Adivinhem? Dá pra contar nos dedos, talvez de uma mão, quantas vezes vi raios solares enquanto cantava Parabéns pra você pra mim mesma diante do espelho. A prova está aqui. E quando teve sol, os outros eventos do dia foram nefastos. É só conferir aqui.

No dia do meu casamento chovia tanto que eu considerei a possibilidade de usar um snorkel pra sair do carro e chegar até a porta da igreja. A roupa molhada da minha sogra nas fotos não me deixa mentir! No aniversário de um ano do Felipe não só chovia, como também ventava e fazia frio. O mesmíssimo tempo que fazia no dia do aniversário de um ano da Ana Luíza. Garoa, frio e temperatura super baixa. No dia 26 de dezembro!!!

Hoje resolvi completamente esse problema meteorológico na minha vida. Aproveito TODOS os dias de sol que eu posso sem me importar com o que diz o calendário.

Da mesma forma, não tenho qualquer expectativa em relação a outros dias. Não espero presente, agrado, telefonema ou qualquer coisa em dia nenhum. Se por acaso acontecer alguma coisa legal, vou ser feliz. Se não acontecer nada, não estava esperando mesmo!

Obviamente se eu fosse comerciante, se vendesse flores ou cestas de café da manhã, talvez pensasse diferente. Se fosse psicóloga também. Quantos pacientes a menos eu teria se não existissem os traumas pelos presentes que o Papai Noel não trouxe, pelos dias dos Pais em que os filhos não telefonaram, pelo aniversário de casamento esquecido, pelas brigas no dia dos Namorados (já cheguei a terminar namoro em dia dos namorados, como sou cruel!), pelo fato de que o Coelhinho da Páscoa nunca trouxe aquele ovo Sonho de Valsa número 23 desejo de uma vida inteira, enfim, pelas apresentações de dia das Mães na escola em que a mãe chegou atrasada, quando tudo já tinha terminado? Aliás, essa última aconteceu comigo esse ano! Uma vez que não sou psicóloga, já estou fazendo a poupança necessária para pagar a terapia do Felipe...

De minha parte, dei meu grito de independência! Às datas especiais do calendário dedico minha mais profunda indiferença. Com isso ganhei bem mais de 300 outros dias no ano para ser feliz!

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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Espirais


- Tô grávida!

- Brrrrrrrrrrp

- Quem é a princesa da mamãe?

- Ma – ma!

- Isso! Cadê o bocão? Olha o aviãozinho...

- Conta uma histoinha?

- Não dá pra levar 5 Barbies pro supermercado, já falei!

- Eu tive um sonho ruim, posso dormir aqui com você?

- Olha só, a vovó vai te dar esse sorvete antes do almoço, mas não conta nada pra sua mãe, tá? Shhhhhhh...

- Mas eu quero chicletes, não quero banana!

- Será que você podia ficar com ela uns dias pra eu fazer uma viagem?

- Esse verdinho eu não gosto, não vou comer isso!

- E se a gente desse a mamadeira para o Papai Noel?

- Eu disse que hoje eu não quero ir pra escola!!! Tô com dor de barriga.

- Mas você tá estragando essa menina com tanto mimo!

- Olha o desenho que eu fiz pra você.

- Eu te amo! To cuidando de você e é por isso que você vai tomar esse remédio direitinho. E sem vomitar!

- Já fiz a lição, posso ver televisão?

- Agora é hora de tomar banho! Vai já pro banheiro!

- Não vou! Se a Marcinha não for junto eu não vou pra casa da vovó!

- Sem arrumar o quarto não tem shopping no sábado e está acabado!

- Fiquei menstruada...

- Eu preciso conhecer a família, saber quem é. Não dá pra viajar com pessoas que eu nunca vi.

- As mães de TODAS as minhas amigas deixam as filhas saírem no sábado à noite sem hora pra voltar, só você não!

- Ninguém bate porta nessa casa!

- Tudo eu! Tudo eu!!! Não vou lavar essa louça e pronto!

- Faz horas que vocês estão conversando! Vocês já ficaram juntas na escola a manhã toda, o que mais têm pra falar?

- Passei no vestibular!

- E ele estuda o que?

- Ele terminou tudo comigo! Nunca mais vou me apaixonar na vida...

- Claro que você vai achar outro estágio, ou quem sabe um emprego que pague melhor.

- Olha que bolsa linda eu comprei! Combina direitinho com aquela sua blusa, me empresta?

- Tudo bem, eu não conto nada para o seu pai, mas da próxima vez vê se lembra de me ligar, manda recado, sei lá, eu fico muito preocupada...

- Eu entendo, mas fazer essa pós-graduação agora é muito importante pra mim. Casamento, filhos, isso pode esperar mais um pouco.

- Vamos ao cinema amanhã?

- Nossa! Tô cheia de trabalho essa semana!

- Ai, esses calorões estão me matando.

- Vou me casar...

- Vocês vêm almoçar no domingo?

- Eu preciso me dedicar a esse trabalho pra conseguir a promoção! As coisas hoje em dia são diferentes de como eram no seu tempo!

- Eu sei, eu sei... Já fiz os exames, colesterol, glicemia, TSH... Tá tudo bem comigo. O médico disse que eu só preciso de uma ocupação...

- Tô grávida...

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Post em homenagem à minha sobrinha Isadora que fez sua estréia nesse mundo esta semana!

Seja bem vinda!!!

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Ah! Esse post não tem nada a ver com Dia das Mães! Sobre isso vou falar na semana que vem...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O primeiro a gente realmente nunca esquece...

Acho que nem todo mundo sabe, mas essa história de blog começou totalmente por acaso na minha vida. Eu e meu povo aqui de casa morávamos fora do país e de vez em quando eu mandava mensagens por e-mail para família e amigos com notícias nossas. Mas isso me deixava meio desconfortável... Eu não tinha muita certeza de que todas aquelas pessoas realmente queriam saber o que estava acontecendo conosco na terra do queijo e do vinho. Foi então que descobri essa coisa de blog e achei a idéia genial! Podia dar as notícias e somente quem realmente estivesse interessado leria as bobagens que eu tinha a dizer.

Só que comecei a me empolgar para contar as tais histórias, encontrei meios de tornar engraçadas as experiências, às vezes, bastante difíceis que vivíamos no auto-exílio e muita gente começou a acompanhar nossas peripécias. Primeiro a família, é claro. Depois, os amigos. Mas o que mais me intrigou é que, mesmo tendo deixado o blog como privado, ou seja, não era escondido, mas não aparecia numa pesquisa no Google, por exemplo, começaram a aparecer visitas e comentários de pessoas que eu não conhecia. Que tinham chegado até ali por acaso ou por indicação de alguém. Comecei a ouvir elogios, incentivos pra continuar escrevendo e, confesso a vocês, fui me convencendo cada vez mais de que levava algum jeito para a coisa! Isso sem contar o fato de que adoro escrever, sempre escrevi demais, meus e-mails são verdadeiros romances a serem lidos em capítulos! Digamos que todas essas pessoas que disseram Vai lá, continua! Por que você não escreve um livro? acabaram por juntar a caneta com a vontade de escrever! Vocês me incentivaram, me fizeram acreditar na coisa e são, de certa forma, também responsáveis pelo que está acontecendo comigo agora... Calma, já vou explicar o mistério!

Há dois meses, minha grande amiga Mariane, uma das incentivadoras de plantão, me mandou uma mensagem com um convite. Era um convite para enviar a uma editora, crônicas que seriam avaliadas e, caso selecionadas, publicadas em uma antologia. Um livro de verdade, com capa, contracapa, ISBN e tudo o mais! Mandei alguns textos dos que publiquei aqui neste blog e também no outro, o que deu origem à série, e um deles foi escolhido para participar dessa antologia!

Portanto, minha gente, tenho a honra e o orgulho de dizer que está saindo da gráfica o primeiro livro que contém um escrito meu! Ele se chama Retratos Urbanos e reúne textos de 47 autores nacionais, ainda não íntimos do grande público. Um eufemismo pra dizer desconhecido mesmo! Mas a verdade é que já li parte das crônicas e gostei muito!

O lançamento acontecerá nos próximos dias:

Sintam-se todos convidados! Todos os meus quatro leitores!

Claro que isso é uma brincadeira! Já tive mais do que prova de que meu número de leitores passou de quatro há um bom tempo... Tem bastante gente que não se sente à vontade pra deixar comentários aqui no blog e que acaba falando comigo pessoalmente, pelo Orkut ou por e-mail. Não sejam tímidos! E depois, quem sabe alguma editora ou jornal não dá uma sapeada aqui pelo nosso cantinho? Vendo que tem bastante visita eles podem achar que eu realmente tenho algo a dizer, acabam me usando como mão de obra escrava das letras e outros momentos legais como esse podem acontecer novamente! Sonhar não custa nada, não é mesmo?

Vocês não conseguiriam imaginar o quanto esse acontecimento me deixa feliz! Eu estarei lá, é claro! Não existe nada mais legal do que fazer algo de que se gosta muito e saber que isso agrada às pessoas. Se uma coisa dessas já é maravilhosa por si só, o fato de ela ocorrer neste momento da minha vida é ainda mais significativo. Quem me acompanha há algum tempo sabe que vivo uma espécie de renascimento. Será que estou renascendo também com outra profissão?

Deixo aqui, publicamente, meu agradecimento a cada uma das pessoas que nos últimos quatro anos falou, nem que tenha sido uma única vez, que eu devia tentar publicar meus escritos. O primeiro post do primeiro blog aconteceu no dia 9 de janeiro de 2004. Eu nem imaginava aonde ele me levaria! E todos vocês são também um pouco cúmplices nesse meu novo caminho.

O livro já está em pré-venda no site da Livraria Cultura!

E que venham os próximos!