quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Freddy Krueger atacando de motosserra elétrica vestido de Papai Noel?!

Estranharam o título deste post? Pois é. Eu também estranhei muito quando recebi o convite para participar de mais uma seleção de textos para publicação de uma antologia. Contos de terror e suspense cuja ação acontece no Natal? Que coisa mais doida!

E, no entanto, dias depois uma idéiazinha muito etérea veio surgindo na minha cabeça, quase como um fantasma... e não é que acabei escrevendo um conto de suspense de inspiração natalina? A gente vive cem anos e nunca chega ao fim das surpresas em relação aos próprios limites!

A boa notícia é que o editor também gostou e agora meu conto faz parte de uma antologia que será lançada no próximo dia 7 de dezembro!


Eu estarei lá, é claro! Quem estiver em São Paulo nesse dia e também quiser aparecer, será uma imensa alegria!

Embora eu não seja nem um pouco chegada a banhos de sangue (e a maioria dos autores dos contos da antologia caprichou nos efeitos especiais) reconheço que há estórias muito boas, daquelas que fazem a gente esconder a cabeça debaixo da coberta na hora de dormir. Para quem gosta do gênero, o livro vale a pena. Para quem não gosta, também! :-) No mínimo é interessante observar as cenas escabrosas motivadas por ceias, pinheirinhos, pacotes de presentes, Papai Noel,.... Brrrrrrrrr! De arrepiar!

Esta é minha segunda publicação em antologias, a segunda também pela Andross. Aproveito para agradecer publicamente ao organizador, Edson Rossatto, pela idéia, pelo empreendedorismo, pela oportunidade e pela imensa capacidade de trabalho! Estou para ver uma pessoa mais online que ele! 24 horas por dia, é de assustar!

Embora seja a segunda publicação em antologias, é a primeira em forma de conto. E é absolutamente inédito, ou seja, nunca apareceu nem neste blog, nem no outro. Para conhecer o desfecho do texto que escrevi cujo título é Cai o véu, vai ser necessário ler o livro! Chantagem? Só um pouquinho para combinar com o clima sobrenatural da publicação...

O livro se chama Réquiem para o Natal e está em pré-lançamento na Livraria Cultura.

Aí vai uma palhinha do conto, pra ninguém dizer que sou malvada... demais!

"A angústia inundou seu peito e ela sentia que alguma coisa muito grave estava para acontecer. Andava de um lado para o outro quando parou subitamente, o espelho às suas costas. O relógio começou a bater novamente, anunciando a meia-noite."

(trecho do conto Cai o Véu que faz parte do livro Réquiem para o Natal da Andross Editora)

Réquiem para o Natal - lançamento
Data
7/12/2008

Local

Espaço WN
Rua Jorge Augusto, 668
São Paulo - SP (próximo ao metrô vila Matilde)
http://www.espacown.com.br/

Horário

das 17h às 20h

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Esperança

Essa foto foi tirada hoje por um grande amigo, num parque na cidade em que ele mora. Obviamente não é Curitiba, mas pelo clima que temos tido, quase poderia ser.

Quis imortalizar também por aqui, porque acho que o nome que ele deu para a foto, que é também título deste post, diz tudo...

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É minha última semana de faculdade. Estou a dois trabalhos e quatro dias de terminar esse curso que comecei em 2001. Eu sou essa frutinha vermelha no meio da neve! A personificação da esperança!

domingo, 23 de novembro de 2008

Todos podemos!

Assisti ontem a um filme no Canal Futura chamado De repente, Gina. É um filme excelente e realmente faz pensar.

Pensar, principalmente, que a correria que vivemos não pode ser desculpa para não fazer nada contra o seguinte fato: milhares de pessoas no mundo morrem de fome a cada dia.

Em 2000 a Reunião de Cúpula das Nações Unidas assinou um acordo chamado Declaração do Milênio no qual estão estabelecidas as Metas de Desenvolvimento para o Milênio. São oito metas, realmente objetivas, isto é, nada de demagogias. O que eles propõem é possível de ser alcançado. A primeira delas é reduzir pela metade, até o ano de 2015, o número de pessoas que morre de fome no mundo.

Qualquer um pode colaborar. Qualquer atitude conta. Divulgar num blog, por exemplo. É pouco, mas espalha a notícia.

Por isso incluí por aqui um link para a página oficial do projeto (está em inglês). E foi com orgulho que pesquisando o site vi que é citado o programa Fome Zero do Brasil para descrever o que já foi feito até agora para atingir esse objetivo.

De 2000 a 2015 são 15 anos. Passamos pouco da metade do tempo, o que significa que podemos ainda fazer muita coisa! Não direi aqui o que eu pretendo fazer a respeito. Não estamos numa competição para ver quem faz mais ou melhor. O que espero com esse post é divulgar, lançar a idéia. Depois, cada um vai atuando do seu modo, na medida das suas possibilidades, como um exército de formiguinhas anônimas. A notícia que quero ler em 2015 é aquela que dirá que outras metas foram estabelecidas para 2030. Isso vai significar que aquelas de 2000 terão sido atingidas!

O filme será repetido no Canal Futura hoje às 22h00. Eu recomendo!

domingo, 16 de novembro de 2008

Diversidade cultural nem sempre cheira bem

Mais uma vez, o que seria comentário de post em um blog, virou post no meu próprio. Esse mundinho da blogosfera é realmente muito interessante.

Também não dá pra ignorar o fato de que estou ensandecida, enlouquecida e desvairada por conta do fim do ano e sua habitual correria. Como tenho repetido sem cessar, quero chegar eu mesma ao fim do semestre e não ele ao fim de mim. Portanto, não há tempo algum para meus próprios escritos, fico só vampirizando blogs alheios, chopinzando as idéias do próximo. Espero ser perdoada por isso no dia do Juízo Final.

Voltando ao comentário que virou post, desta vez foi o divertidíssimo texto do Chéri à Paris que me inspirou. Vale a pena dar uma lida!

Ele me fez lembrar de um fato recente. Uma amiga, também professora de francês, esteve em Lyon no início do semestre para ensinar a língua de Nicolas Sarkozy a um grupo de estrangeiros. Todos os anos, estudantes dos cinco continentes vão à França e precisam aprender francês para poder acompanhar os cursos nos quais se inscreveram. A turma que essa amiga conduziu nos meses de agosto e setembro tinha vários chineses e a presença deles em sala gerou momentos de pura tensão cultural...

Além da conjugação dos apavorantes verbos, acompanhados de suas misteriosas preposições, sem contar as artimanhas arrepiantes da ortografia francesa, a professora teve de repetir à exaustão outros tipos de estranhas lições a fim de que seus alunos compreendessem definitivamente que Não! Soltar pum em público é uma coisa que não se faz no ocidente e que Sim! Comer queijo é fato natural nesta metade de cá da terra!

Verdade! Os chineses tinham crises quase incontroláveis de engulhos diante de pedaços de queijo, o que me faz pensar no porquê de terem escolhido a França para estudar... Deve ser algum componente masoquista de personalidade, só pode. Ao lado disso, aparentemente a cultura deles defende que nada deve ser guardado dentro do organismo sob pena de envenená-lo. Isso significa que qualquer fluido corporal que esteja querendo sair, não só pode, como deve abandonar as entranhas da carne o mais rapidamente possível. Não dá tempo nem mesmo de pronunciar, como num exorcismo, Sai que este corpo não te pertence! Quando menos se espera, PRRRRRRRRR, o flato abandona os meandros intestinais e ganha a liberdade do ar livre. Ar este que era livre, mudando para a condição de condenado a provocar engulhos, desta vez, nos ocidentais que por azar estiverem por perto naquele momento.

O mais engraçado é que eles têm total carta branca para liberar o metano interno mas, que Buda os fulmine, não podem de maneira nenhuma assoar o nariz em público. Tal atitude é considerada extremamente grosseira e mal educada, portanto, eles fungam sem parar.

Acabo de detectar uma incoerência no sábio pensamento oriental: por que o ranho pode ficar dentro do organismo e o pum, não? Sei não, mas começo a desconfiar de que não se trata de sabedoria oriental coisíssima nenhuma. Tudo não passa de uma grande sacanagem! O que não fede, fica dentro. O que fede, que saia pra atormentar o nariz alheio. Pois, sim!

Eu até estava começando a concordar com a tal da milenar filosofia oriental. Realmente ficar guardando aquilo que nos envenena não é atitude inteligente. O problema é que, muitas vezes, desenvenenar o próprio organismo significa envenenar o organismo alheio, o que, convenhamos, não é muito justo.

Minha amiga deve ter tido dificuldades imensas nesse curso de verão para estrangeiros. Primeiro, por motivos óbvios, deve ter sido difícilimo respirar fundo para tentar manter o ar de civilidade diante do som e do perfume que decidiam participar das aulas sem serem convidados. Depois, imagino que a tarefa de convencer um chinês de que ele não podia empestar o ar com seus gases internos foi hercúlea. Se algum deles parou para refletir um pouco deve ter perguntado imediatamente porque seus flatos causavam tanto mal se alguns queijos franceses cheiram a... Bem, alguns deles exalam os mesmos aromas que os puns que os orientais deixavam partir livremente em classe. Realmente complicado justificar porque cheiro de pum no supermercado ou na geladeira pode e na sala de aula não pode.

Portanto, aqui vai um conselho ao ocidental desavisado que decida dar dar um rolé pela Europa: ao topar com olhinhos puxados em ambientes fechados, fuja! Nada contra os orientais, é questão de diferença cultural e blá, blá, blá... Mas alguns aspectos culturais é melhor que sejam vividos bem longe e, de preferência, a sós!

Para aqueles que decidirem visitar a China... Dizem que Vick Vaporub na entradinha do nariz ajuda um monte!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Que saudades do arco-íris

Era pra ser um comentário no blog da minha amiga Carol. Mas como sou verborrágica (fiquem calmos! isso aparentemente não é contagioso...) e a indignação é grande, virou post por aqui.

Pra entender tudinho, tem de ler o post da Carol primeiro.

Pois bem, desde que eu, Carol e também Carol (minha irmã) tivemos um animado papinho no qual a Carol do blog nos explicou esses modernos conceitos dos relacionamentos humanos eu fiquei, como manda o novo vocabulário das gírias para demonstrar estupefação, bege. Fazíamos um lanchinho na minha casa (aliás, precisamos repetir! Minha balança já regrediu o suficiente) quando ela começou a discorrer sobre esses novos tipos de relação entre homens e mulheres. Estanquei de um minuto a outro e permaneci de boca aberta, meu naco de pão caseiro coberto com minha geléia de morango também caseira parado no ar, sem compreender o mundo, com a estranha impressão de que dormi por alguns séculos congelada em alguma máquina e acordei no futuro cinza-chumbo dos filmes de ficção. Até já comecei a escrever sobre isso, mas cadê o tempo? No futuro da ficção ele também não existe mais, assim como as relações humanas...

Enfim, concordo com a Carol, isso não é relacionamento! JAMAIS será! Também estou de acordo que uma mulher assumirá o papel, para lá de secundário, de Falcatrua se, e somente se, aceitar. O que quero dizer é que no mundo ideal ela poderia simplesmente se recusar. Até acredito que há mulheres que queiram exatamente esse tipo de vivência (ia escrever convivência, mas me contive a tempo). Só que gravitamos no mundo real, e o mundo real é habitado por um monstro imaterial, logo, incolor, mas sufocante que atende pelo nome de Solidão. Apesar de imaterial e incolor, a tal da solidão pode ganhar consistência e acabar ficando ainda mais negra do que a alcunha de Falcatrua, Pegação, Cadastro, Mulher Pantufa - aquela que só se usa em casa (Carol, você esqueceu de mencionar essa importante categoria!) - ou qualquer outra tão ou mais perversa do que essas. E isso tudo é desolador...

Conversando com minha terapeuta (sim! preciso disso para não enlouquecer de vez), acho que ela definiu exata e tecnicamente esse novo tipo de encontro físico entre pessoas (não dá pra chamar de relacionamento e meu dicionário ainda é do mundo em que eu vivia). Trata-se de uma masturbação a dois. Não passa disso. Uma das nossas modernidades. O que antes era praticado sozinho, agora é feito a dois. Ou três. Ou quatro. Ou quantos estiverem na balada naquele momento, outra situação que já vi por aí em reality shows na TV a cabo e que me deixa de uma cor de indignação ainda indefinida. Portanto, nessa nova modalidade de masturbação, o parceiro tomou o lugar da mão, vibrador ou boneca inflável. Com a vantagem de se lavar sozinho depois, nem mesmo esse trabalho o descendente de Onã terá!

Parênteses cultural: Onã é personagem bíblico que teve de transar com a cunhada, mas decidiu literalmente fazer nas coxas, desperdiçando o sêmen, tal como acontece na masturbação. E daí veio a palavra onanismo que é meio sinônimo de masturbação. No fim das contas, um jeito chique de abordar o tema, ou de esbanjar cultura inútil geral, ou, então, uma maneira de falar do assunto na frente das crianças acreditando que elas não estão entendendo nada. Blogs também podem ser educativos!

Aliás, fazendo a pesquisa sobre onanismo (muito sábio esse Google), descobri uma coisa que pode acabar com o mercado das Falcatruas e quem sabe os homens (e também algumas mulheres) voltem a querer namoros como no tempo em que eu vivia. Uma engenhoca japonesa que primeiro me fez ficar roxa de rir para, em seguida, empalidecer de tanto chorar. Aonde vamos parar?!! Haja lugar na casa para guardar tanta tralha!!! E eu que sofria em pensar onde arrumaria espaço para o processador de alimentos cuja poupança, que estou fazendo há meses, já quase é suficiente para comprar... Definitivamente, passei anos em estado de catatonia, a fila andou, o mundo girou e eu fiquei parada no tempo.

O que mais me assusta é que esse nem é o mundo que meus filhos encontrarão quando saírem de casa para procurar companhia. Se em poucos anos desde minha solteirice até hoje ficou assim, sinto que ainda passarei por várias cores de pasmo e indignação antes de voltar a ser pó acinzentado. Na minha época a gente chamava um relacionamento inconseqüente de amizade colorida. Hoje vejo que ela simplesmente perdeu a cor.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A esperança tem gostinho de cereja!

Era pra eu ter escrito ontem, mas por motivos vários isso não foi possível, então vai hoje mesmo porque o sentimento continua igual ainda que com uma noite muito mal dormida no meio :-)

Pode ser que daqui a alguns meses ele já tenha passado, é possível que um dia a decepção tome o seu lugar como já aconteceu antes, não importa! Hoje eu sinto uma enorme, alegre e luminosa esperança! Tudo por conta da eleição do novo presidente dos Estados Unidos.

Não acompanhei essa eleição, assim como não acompanhei também as recentes eleições municipais. Podem me chamar de alienada, eu suporto! Mas tenho tido de fazer opções na distribuição do bem mais precioso que possuo no momento, ou seja, meu tempo, e telejornais estão para lá do último lugar na minha lista de prioridades. Há anos! Tenho meus motivos pra isso e um dia até posso voltar aqui pra comentar mas, agora, vejam só, não tenho tempo!

O que tenho é esse otimisto renitente, essa crença exagerada no ser humano, no fundo, no fundo, sou uma verdadeira Pollyana! Uma Pollyana quase quarentona, bem melhorada pela vida, mas ainda assim, uma Pollyana. Por isso acordei ontem respirando mais levemente, observando borboletinhas azuis por aí e só não saudei os passarinhos com beijos atirados ao vento porque eles são responsáveis, em parte, pelas minhas noites de insônia!!! Assunto também para outro dia...

O fato de ter um homem tão jovem e negro na presidência de um país que viveu recentemente (em termos históricos) a Ku Klux Klan é admirável! Faz pensar que realmente tem muito da humanidade que definitivamente não está perdido e que esse planeta tem um futuro que não é sombrio! E mais! Desconfio que partilho de um sentimento global de esperança, imagino que aqui do meu cantinho insignificante neste planeta, faço parte de um gigantesco coro de pensamentos positivos e crédulos no porvir. Isso, por si só, já é maravilhoso, envolve o mundo numa aura de energia boa, independente do que o Sr. Obama venha a fazer nos próximos anos. Pelo menos por esses dias nos sentimos esperançosos e isso já é tudo de bom! De acordo com minha filosofia plâncton de ser, o que o futuro trará não nos pertence ainda, portanto, não nos cabe sofrer tormentos ou gozar delícias antecipadas. Vamos viver o hoje, e o hoje está transbordando de esperança. Desde ontem.

O dia de ontem foi, para mim, como dizem os franceses, la cerise sur le gâteau, ou, na língua de Machado de Assis, a cereja sobre o bolo! E cerejas são frutinhas que eu adoro.

O dia de ontem foi, na verdade, repleto de cerejas!