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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Resolvido. Por hoje...

O marido atende ao telefone. Do outro lado a mulher, em prantos:

- Não suporto mais! Esses meninos brigam sem parar, correm, caem, se machucam. Eu não sou a mãe deles, sou só a avó e não tenho mais saúde para isso! Não dou conta dessa situação sozinha!

Ele desliga e corre para casa. Ao entrar, vê os netos que dormem tranquilamente no sofá da sala. Ouve o barulho do secador de cabelos da mulher no banheiro.

Eram dezenove horas de uma quarta-feira. Dia do futebol com os amigos...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O feminino, em essência

- Mamãe, quando é que eu vou crescer?

- Logo.

- Logo quando?

- O tempo vai passar e você vai crescer.

- Mas, quando?!

- Logo, logo! Pode ficar tranquila!

- Tá demorando muito!!!

- Por que você quer crescer tão rápido?

- Pra ter peitão e usar salto alto...

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PS.: uma L.E.R. impertinente está me deixando meio afastada dos teclados...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Quando poucas palavras valem por milhões de idéias

Eu escrevo demais. Também falo demais. São fatos inegáveis. Escrevo demais nos posts deste blog, assim como meus e-mails são kilométricos, meus SMS são quase literários e, às vezes, comentários em outros blogs podem ser lidos em capítulos. Até secretária eletrônica já desligou na minha cara deixado bem claro que eu falo demais. Sou assim, o que fazer?

Mas sou também uma criatura que tenta evoluir e descobri, há algum tempo, que tem gente que consegue escrever minicontos. Histórias que não passam de 600 caracteres. Desde que soube disso, passei a colocar como objetivo de vida a ideia de escrever histórias inteiras em não mais do que 600 caracteres. Parecia impossível! Até que um dia experimentei e... consegui! De vez em quando lançarei por aqui esses minicontos, verdadeiros exercícios dolorosos de concisão!

Não vou abandonar meu exagero de letrinhas jamais! Deixaria de ser eu mesma. Mas é bom poder transitar por vários estilos...

Estava absolutamente feliz com minha vitória particular, quando descobri recentemente que há autores de microcontos! Isso quer dizer histórias inteiras contadas em apenas 140 caracteres!!!

Eu que achava que tinha atingido o máximo da economia me descobri ainda há centenas de caracteres de distância do meu Nirvana pessoal. Sofro de excesso de caracteres da mesma forma que, nesse exato momento, sofro de excesso de peso por conta do excesso de calorias que andei ingerindo! Céus!

Pelo menos meus minicontos chegaram, não sei ainda se para ficar, mas chegaram.

Aí vai o primeiro deles:
O elevador abriu suas portas. Eles se encararam e entraram. Ela recordou os momentos da noite anterior e sorriu levemente. A luz vermelha do painel luminoso mostrou... 1. Ele imaginou o jantar de logo mais e sentiu um frio na barriga... 2... Os olhos dela eram profundamente azuis... 3... Os dele, desconcertantemente negros... 4... Ele suspirou profundamente... 5... A porta do elevador se abriu e mostrou o felpudo tapete vermelho do corredor do hotel. Ele saiu sem olhar para trás. Dentro do elevador, ela ainda sorria levemente...