domingo, 19 de julho de 2009
O curioso caso de Michael Button
O que estou vendo é que, definitivamente, decidiram transformar em lenda vida e morte do astro do pop e estão conseguindo. A família e, principalmente, os credores devem ter uma acessoria de marketing especializada, cujo único objetivo é o de imaginar golpes de mídia capazes de aumentar ainda mais astronomicamente as vendas de tudo o que se refere a ele. Fazem isso pra saldar as dívidas que ficaram ou para enriquecer ainda mais? Nem o futuro dirá. Transformarão isso também em lenda. Então vale tudo: desde vídeos e músicas inéditas até cérebros retirados, corpos desaparecidos e não enterrados, caixões de bronze... Lamentável esse circo todo. Circo promovido pelos que continuam vivos, claro. Bem vivos, diga-se de passagem.
Quanto ao Michael Jackson, onde quer que esteja, que não consiga tomar conhecimento do que se passa por aqui. Que possa descansar pelo menos na morte, já que em vida...
Como o assunto não sai das manchetes, não pude deixar de continuar a pensar nisso. E quando eu penso idéias estranhas podem me ocorrer. A última delas é que o Michael Jackson talvez tenha sido a encarnação real do personagem imaginado por F. Scott Fitzgerald que inspirou o conto, recentemente transformado em filme, chamado O curioso caso de Benjamin Button. Nessa intrigante história o protagonista, na versão cinematográfica interpretado pelo Brad Pitt, nasce velho e morre bebê. Não foi o que aconteceu com Michael Jackson? Parecia um adulto responsável aos oito anos de idade. Ali pelo meio da sua curta existência atingiu a maturidade com a gravação de Thriller. A partir de então foi se infantilizando lenta e progressivamente até chegar ao fim da vida brincando de escorregador e pistola d'água num imenso parque de diversões. Seu maior sucesso, Thriller, coincide com seu auge físico, moral, artístico e, ironicamente, parece prenunciar o horror em que sua vida se transformaria dali por diante com todas as doenças, acusações, processos, dívidas e por aí vai. A diferença entre o Button personagem de ficção e o Button da vida real é que o primeiro viveu mais tempo e foi mais feliz, apesar de tudo.
Como mostram esses casos imaginário e real, engana-se redondamente quem pensa que seria muito melhor ir rejuvenescendo à medida em que o tempo passa. O Criador sabe das coisas! Nascer novinho e morrer velhinho, eis a sabedoria da vida. Minhas reflexões poderiam provocar a ira de cirurgiões plásticos e centros de estética, mas felizmente esse humilde blog não tem alcance pra tanto, então tenho a certeza de que envelhecerei tranquilamente no meu cantinho, feliz da vida. E da morte.
Eu disse que quando penso demais, coisa boa não sai, não disse? Acho que estou precisando de férias...
Na verdade, boa notícia: ESTOU de férias! Neste exato momento estou longe de casa, dos filhos, das bagunças. Friozinho do lado de fora e aquecimento do lado de dentro (gripe suína rondando, mas tudo bem). Relógio sem pilha e nenhum compromisso à vista. Perto da internet e morrendo de vontade de atualizar freneticamente esse blog! Será que conseguirei? Aguardem os próximos dias. Não postarei mais sandices como a de hoje, prometo!
domingo, 4 de janeiro de 2009
Ohmmmmmmm...
Nem bem o ano começou, ou talvez por causa disso, meus neurônios já estão em polvorosa e um novo pensamento daqueles nada a ver tomou de assalto minha cabeça: os homens das cavernas não eram budistas!
Para começar, Buda ainda não tinha existido e, por motivos óbvios, não dá pra ser budista antes de Buda. Mas, mesmo que uma encarnação muito ancestral do mestre tivesse pintado bisões em cavernas, arrastado mulheres pelos cabelos ou dado um rolé de tacape na mão por aí, ainda assim, não dava pra ser budista na época das cavernas! Pelo menos, não na Idade da Pedra. Foi necessário chegar à Idade dos Metais, no mínimo, a fim de que inventassem o instrumento indispensável para manter a calma e a atitude zen dos budistas: o cortador de unhas!
Sem esse grande invento da humanidade, o jeito de acabar com as unhas compridas tinha de passar por atos extremos, totalmente contrários à filosofia faça amor, não faça guerra: arranhar as paredes das cavernas ou a cara do marido, tamborilar a mesa, no caso das mãos, chutar pedras, no caso dos pés, ou ainda, símbolo máximo da ansiedade, fazer justiça com os próprios dentes, ou seja, roer. O que me faz pensar que o povo das cavernas devia ser contorcionista para conseguir alcançar o dedão do pé. Credo!
Viu? Sem chance de imaginar um Neanderthal em posição de lótus entoando mantras e fazendo meditação, a não ser que ele fosse uma encarnação ancestral do Zé do Caixão!
Eu sei que tem gente que vai dizer que eles não tinham cortador de unhas, assim como não tinham pás, facões, nem talheres. Isso significa que cavavam a terra com os próprios dedos para plantar, pegavam o touro à unha e depois comiam tudo com as mãos. Será que lavavam antes? Que nojo!
Tudo bem, essas atividades todas deviam fazer quebrar as unhas deles sem parar, o que me faz concluir que as mulheres Uga-Uga viviam uma TPM constante: tem coisa mais irritante do que unha quebrada? Por outro lado, não tinham de lavar louça... Acho que isso vai exigir que eu reveja meus conceitos...
O fato é que os adultos tinham atividades que mantinham as garras sob controle. Mas, e as crianças? Essas criaturinhas já saem da barriga com unhas nas pontas dos dedos. Com aqueles movimentos estabanados de braços e pernas, não tem como escapar de uma arranhada de bebê! Coisinha deveras enervante também, diga-se de passagem. Não imagino que as mamães-Pedrita ficassem roendo as unhas das mãos e dos pés de toda a prole. Não existia pílula! Até roer vinte unhas de cada filho a mãe ficava num estado de irritação tal, que comia os dedos dos pimpolhos para acabar de vez com aquela função.
Está provado! Os viventes da época das cavernas eram todos uns estressados, histéricos e mal-humorados. Como maracujá é fruta tropical e tinha projeto de homem civilizado na terra inteira, foi só porque ninguém aguentava mais aquela ansiedade toda num mundo sem ansiolíticos que a humanidade evoluiu para a Idade do Metal. Apenas para poder inventar o cortador de unhas!
Concordo... Uma semana de férias foi pouco. Ainda estou sob os efeitos devastadores do excesso de trabalho do ano passado e, já que hoje existe cortador de unhas e não posso usar as técnicas das cavernas impunemente, extravaso meu stress escrevendo essas bobagens... É a única explicação para reflexões doidas como essas.
Acho que voltarei para a beira da praia esperando a passagem daquele vendedor de água de coco que, apesar do corpo cabeludo me lembrar os Flintstones, tem a ajuda de um facão para abrir o fruto cuja água beberei de canudinho.
Como é maravilhosa a evolução!
P.S.: hoje, primeiro de janeiro de 2009, escrevi um texto sem usar uma vez sequer a palavra ideia, cuja nova grafia ainda repilo, embora seja a única das novatas que conheça de cor. Se tiver erros das recém[-]chegadas (com hífen ou não?) regras de ortografia, é culpa do meu editor de textos que ainda não aprendeu as novas.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Se correr ainda dá tempo de fazer o vestibular!
Eu já tinha desconfiado disso, mas semana passada tive a confirmação definitiva! Recebi um e-mail do meu querido primo, amigo, padrinho de casamento e recém-contratado advogado, Paulo Horácio, com o seguinte P.S.: pela correria, vai sem correção o e-mail... hahahah
E essa não foi a primeira vez que recebi esse tipo de ressalva, seja por escrito, seja pessoalmente! Claro que isso não acontece com todo mundo, mas duas situações são freqüentes quando meu interlocutor sabe que sou da área de Letras: ou evita escrever, ou então escreve frases rocambolescas, com um vocabulário que eu mesma tenho de sair catando no dicionário. Acho que pensam que eu vou devolver as mensagens cheias de correções de ortografia e gramática ou que vou desprezar o texto se em vez de tertúlias débeis para dormitar vacum o meu correspondente escrever conversa mole pra boi dormir! Será que com os psicólogos acontece a mesma coisa, ou seja, será que tem gente por aí que evita conversar com eles, nem que seja em mesa de boteco, de pavor de pensar que será analisado?
Quando contei para uma amiga da França que ia começar a dar aula de francês, lá veio o retorno: agora não vou mais poder te escrever. Não! Por favor, não me abandone!!! Eu não corrijo e-mails nem com caneta vermelha (trauma abominável de infância), nem a lápis (conforme mandam as modernas teorias pedagógicas anti-trauma, idéia de algum psicólogo, talvez.)
O fato é que estou começando a viver na pele a história que ouvi de uma professora de português, colega numa escola em que eu lecionava ainda na época da informática. Ela contou que um dia recebeu um cartão de Natal de um amigo no qual estava escrito: Feliz Natal! E nada mais. Bem embaixo, em letras miúdas, quase tímidas, um P.S.: Desculpe os erros de português.
Ela contou essa história meio pesarosa, amargando o abandono epistolar que estava vivendo porque os amigos simplesmente não lhe escreviam mais. Nem um bilhetinho sequer. Tudo por medo da cometer uma gafe. Aquele amigo tinha sido um dos raros corajosos a vencer o medo de ter seu texto lido, corrigido e analisado por uma professora de português. Entre um suspiro e outro ela acrescentou:
- E o pior é que ele estava indo super bem! Mas errou no P.S. Desculpar é verbo transitivo direto e indireto, portanto, deveria ser desculpe-ME pelos erros de português, afinal, quem deveria ser desculpado era ele e não os erros...
Eu não sou assim não, tá? Pode me escrever mensagens que eu não fico procurando erros e não dou a mínima para eles quando aparecem! Comigo ninguém corre o risco de ir parar numa daquelas listas tipo pérolas do ENEM! Além do mais, minha formação é em Letras Francês e não Português. Não tive uma única aula sequer de gramática nos oito anos que fiquei na faculdade, fique sossegado! Me escreva, me escreva! Olha aí! Até eu cometo erros quando uso essa próclise de pronome átono em início de frase, verdadeiro assassinato à gramática. Se Napoleão Mendes de Almeida ainda fosse vivo, teria acabado de bater as botas!
Deve ter ainda vestibular para curso de Letras rolando por aí. A partir do momento que começar o curso passe a assinar Fulano de Tal, estudante de Letras. Com o tempo que vai sobrar por conta das mensagens que não vai mais receber, você pode visitar este blog e me escrever um pouquinho! Sem medo de ser feliz!!!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Ninguém é perfeito. Ninguém MESMO!
Portanto, aqui vai meu primeiro pensamento vapt-vupt: A jaqueira é, certamente, um erro de projeto de Deus!

Essas frutinhas aí da foto são jaquinhas bebês que eu fotografei de longe, em absoluta segurança, felizmente. Dizem que os frutos podem chegar a pesar 30Kg, embora no Brasil tenham sido registrados somente frutos de apenas 10Kg. Que sorte de quem estava fazendo uma siesta embaixo dessa jaqueira, não? Com certeza 10Kg de jaca na cabeça são bem menos predudiciais do que 30! Sem falar naquela casca cheia de pontinhas. Sei não, mas acho que Deus também sofre de TPM! É a única explicação que eu encontro pra essa piadinha botânica de mau gosto. Já pensaram se Sir Isaac Newton, em vez de descansar sua beleza sob uma macieira, estivesse sob uma jaqueira?! Não saberíamos nada sobre a lei da gravidade e, hoje, não existiria lipoaspiração, lifting, nem Botox! Hummmm... Estou começando a lamentar o fato de não existirem jaqueiras na Inglaterra...
É óbvio que uma jaca jamais poderia nascer pendurada em árvore! Ela é a prima-irmã-baranga da melancia. Tinha de nascer rasteirinha pelo chão e se dar por feliz se alguém quisesse provar seu conteúdo gosmento. Eca! Eu sei que tem gente que gosta. Eu mesma tenho uma super-mega-blaster-amiga que adora. Decididamente, ninguém é perfeito. Nem mesmo Deus!