segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os louros que chegam de repente

Esse mundo dos blogs é genial! Tenho aumentado consideravelmente minha lista de amigos e contatos, o que significa que estou também aumentando a minha lista de credores! Eu sempre estou devendo alguma coisa para alguém: de dinheiro a telefonema, de email a resposta de comentário! Não sei mesmo se um dia conseguirei pagar tudo (aqueles aos quais devo dinheiro devem ter sofrido agora mesmo uma crise cardíaca, mas esses podem ficar sossegados! Só que não adianta me mandar a conta do cardiologista por causa do ataque porque aí não vai dar).

Faz parte da amizade entre blogueiros a atribuição de selos ou prêmios. Alguém recebe um selo e deve indicar outros blogs aos quais atribui o selo e assim por diante. Eu já ganhei selos!!! Mas sou uma perdida, cheia de coisas, sempre atrasada e acabei deixando de mencionar aqui essas importantes demonstrações de reconhecimento! Sou atrapalhadinha, gente. Lerdinha, demorada. Só que devagar, mas beeeem devagar mesmo, vou retribuindo!

Então aqui vão os importantíssimos selos que ganhei!

Primeiro vieram aqueles da minha amiga Mariane :


Há algumas semanas foi a vez da Cristine me supreender com a atribuição deste selo:


A brincadeira completa inclui eu explicar os selos, dizer algumas coisas sobre mim e indicar outros blogs. Só que manterei minha conduta antiesportiva e não vou fazer isso...

Sobre mim eu falo aqui sempre :-)

E quanto aos indicados, como boa libriana simplesmente não conseguiria indicar apenas seis blogs! Aliás, é exatamente por ser incapaz de indicar um blog e deixar outro de fora que estou há meses pra retribuir essa supresa tão agradável! Então vai de um jeito simplinho e meio incompleto, mas muito feliz: obrigada pelo reconhecimento! Vocês sabem como fazer pra deixar o meu dia melhor!

sábado, 27 de junho de 2009

Nem black, nem white. O mundo hoje é grey.

Em milhões de blogs e sites no mundo apareceram textos falando da morte do Michael Jackson. Não quero copiar os outros, nem tenho nada de novo a acrescentar, nem vou fazer considerações originais. Apenas vivo uma época em que posso compartilhar com o mundo, instantaneamente, um sentimento que é geral e assim me consolar um pouco. O mundo todo hoje é uma cidade do interior. A diferença é que as comadres que conversavam de uma janela a outra foram substituídas pelos blogueiros que espalham as notícias de um post a outro.

Como o resto do planeta, estou triste. Tenho uma sensação esquisita dentro do peito que combinou perfeitamente com o dia chuvoso, frio e cinzento que tivemos em Curitiba. Estou triste porque morreu uma porção de coisas ao mesmo tempo...

Em primeiro lugar, morreu uma pessoa, o que em si não tem nada de antinatural. A morte nem foi trágica, não foi assassinato, nem acidente espetacular, nem em circunstâncias escandalosas. Pode ser que descubram que o médico tenha exagerado na dose do analgésico, mas há anos sabia-se que ele tomava analgésicos em excesso e nem eram remédios proibidos. Portanto, foi uma morte de um organismo que chegou ao seu fim, quase que naturalmente. Temos hoje tantos recursos pra prolongar a vida que nos esquecemos de que ela vai ter de acabar um dia. De qualquer forma, morreu uma pessoa, um pai, que deixou filhos, que deixou família, que deixou amigos e essas pessoas devem estar muito abaladas por essa perda tão súbita.

Mas, se no início fiquei triste pelo ser humano, com o passar das horas e com a overdose de reportagens na TV, fui vendo nele uma série de coisas que nunca tinha visto e que foram, pouco a pouco, estendendo minha tristeza a outras áreas. É como se o mundo ao meu redor fosse se vestindo de cinza, perdendo a cor e o contraste.

Que dor imensa era essa que ele carregava, que não tinha analgésico capaz de aliviar? E que capacidade de transformação gigantesca! Onde ele encontrava força e energia para deixar de ser aquele homem magro que falava num fio de voz infantil para explodir em vitalidade quando cantava e dançava? A pessoa que andava não era a mesma que subia aos palcos. Não consigo nem imaginar o quanto devia ser dolorosa essa transformação e o quanto deveria ser dispendiosa em energia essa busca de vida onde a vida parecia não ter lugar.

Tanto se disse sobre o fato de ele ter embranquecido com o tempo. Agora penso se não estava simplesmente se desmaterializando devagar, ficando transparente, até terminar por desaparecer por completo anteontem.

Também muito se comentou a transformação de sua aparência ao longo da sua curta vida. E só agora percebi que além da cor da pele e do cabelo, uma coisa que mudou de maneira radical foi seu nariz. Era um nariz largo e redondinho na infância, mas foi sendo diminuído em cirurgias sucessivas até praticamente deixar de existir. As narinas estavam quase fechadas, não passavam de duas fendas muito estreitas. O nariz é a nossa invasão no mundo. É o que sai do plano do rosto, é o que chega primeiro. Diminuí-lo daquela maneira parecia ser uma vontade de não chegar, não invadir ou, quem sabe, uma forma de frear a velocidade daquela existência de extremos. Mas, principalmente, é pelo nariz que entra o ar, que entra a vida, o sopro da vida! Fechar as narinas é quase impedir que essa vida penetre no corpo. Acredito que ele começou a morrer na primeira cirurgia plástica a que se submeteu para tentar fazer desaparecer seu próprio nariz.

Perceber tudo isso em Michael Jackson me deixou duplamente triste. Triste pela sua morte, mas triste também pela sua vida. Ele teve tudo e, ao mesmo tempo, nada. Teve o dinheiro, a fama, o reconhecimento, o amor de milhares de pessoas pelo mundo. Mas fora daquele palco onde mostrava plenamente sua vida, ele parecia ser apenas uma sombra de si mesmo. E é desalentador pensar que toda a admiração de milhões e milhões de fãs por todo canto não conseguiu aplacar aquelas dores. Não pudemos retribuir a quem nos deu tanta coisa de si.

E, apesar das incoerências, excentricidades, fobias e excessos, ainda assim ele conseguiu deixar sua marca num planeta inteiro. Inclusive em mim. Hoje, no meio dessa melancolia que me acompanhou, foi impossível não pensar em mim mesma, na parte de mim que morreu com ele...

Na mesma data, morreu também a atriz Farrah Fawcet, que fez o seriado dos anos 70, As Panteras. Por causa da morte de Michael Jackson, pouco se falou dela. Mas sua imagem e, principalmente, seu corte de cabelo, estão marcados nas minhas lembranças, tanto quanto aquela gargalhada do final do clip de Thriller e outras músicas de Michael Jackson.

Portanto, além de duas pessoas pessoas, morreram também uma parte da minha infância e uma grande parte da minha adolescência. Um longo trecho da minha trilha sonora particular, hoje, ficou muda de pesar. E é sempre triste ver morrer uma parte de nós.

Que a morte tenha sido um analgésico eficaz para aplacar as dores dessas duas pessoas que estiveram tão presentes na minha vida que é como se fossem um pouco da minha própria família. Viverei meu luto cinza ainda por algum tempo. Mas esses dois voltarão a colorir minhas lembranças e marcarão eternamente meus momentos de nostalgia.

Que eles estejam em paz.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sem teste de bafômetro e sem exame médico!

Ouvi dizer que a Igreja Católica vem perdendo fiéis nos últimos anos. Na verdade, acho que tudo é uma questão de marketing, ou melhor, de gestão. O grande problema é que a Igreja exige dos seres humanos uma perfeição e um comportamento muito difíceis de atingir, as penalidades são grandes e bem mais garantidas do que as recompensas. Em poucas palavras, a gente tem muito mais certeza de que vai encarar o chifrudo do que bater um papinho com São Pedro.

O rigor é grande demais! Para o Vaticano a gente só tem uma chance: é essa e acabou. Mesmo sem treinamento prévio, temos de fazer tudo direitinho e de primeira para ter sucesso. Difícil não desanimar, não é mesmo?

Vejamos como se passam as coisas...

Para começar, tem os sete pecados mortais, quer dizer, aqueles que, se cometidos, garantem o bilhete de primeira classe e sem escalas para o mundo das trevas. São eles: a gula... PÉÉÉÉÉÉINNNNNN!!!!! Quem nunca sucumbiu diante de uma torta de chocolate? Quantas dores de cotovelo não foram consoladas em imensos potes de sorvete? Quantas finais de campeonato não geraram vibrações ou mágoas, as primeiras, comemoradas, e as últimas, afogadas em litros de cerveja acompanhados de linguiça na brasa? Sobrou alguém na humanidade para povoar o céu? Duvido! E ainda tem a vaidade, a ira, a inveja, a preguiça, a soberba... E a luxúria, então?

Mesmo com o paliativo da confissão que nos livra do pecado e nos torna novamente puros para tocar harpas com os Serafins, desconfio que não sobra muita gente. Não sobra porque a confissão pressupõe o arrependimento como condição para absolvição, e tem situações em que é difícil acreditar em arrependimento sincero...

- Padre, perdoe porque pequei.

- Quais são as suas dívidas, minha filha.

- É aquele venho problema, Padre.

- Não vai me dizer que...

- É... isso aí...

- Quantos dessa vez?

- Vnttchh...

- Quantos?

- Vinte.

- Vinte?!

- Ai, Padre, eu sei! Sei que eu não devia. Me arrependi mesmo, de verdade. Mas é que eles eram tão... tão... lindos! E o perfume! Aquele cheiro foi invadindo minhas narinas, tomando conta do meu corpo, eu não respondia mais por mim e ...

- Tudo bem! Tudo bem! Não precisa entrar em detalhes. Mas, vinte, Maria? Em quantos dias?

- Bem, já que eu to aqui é melhor dizer tudo de uma vez, né? Foi numa tarde.

- Minha filha, assim não é possível!

- Mas Padre, eles estavam ali, olhando pra mim, me chamando. Eu não consegui resistir, ai de mim! Eu tentei me controlar. Procurei aproveitar cada segundo, fazer tudo bem devagar para ver se o primeiro já me deixava satisfeita, mas não! Foi o primeiro, o segundo, o terceiro! Achei que estava enlouquecendo, mas o prazer só aumentava até que cheguei ao vigésimo.

- E parou por quê?

- Porque só tinha vinte.

- Só?!

- Não! É bastante, eu sei. , é modo de dizer.

- E você quer me convencer de que está arrependida.

- Estou Padre, eu juro!

- Assim como estava na semana passada.

- Isso!

- E na anterior.

- É...

- E na anterior da anterior.

- ... bem ... é...

- Sinto muito, mas é difícil de acreditar!

- Prometo, Padre, prometo: nunca mais! Nunca mais vou fraquejar assim. Pode aparecer na minha frente de qualquer jeito: branco, preto, pequeno, grande, imenso... Ai... Tá, vamos deixar o imenso fora dessa promessa... Mas só se for imenso mesmo, daqueles que não cabem inteiros na...

- TUDO BEM! Já disse que não precisa entrar em detalhes!

- Desculpe.

- ...

- E então? Qual vai ser minha penitência?

- Olha, está cada vez mais difícil de acreditar na sinceridade do seu arrependimento!

- Eu sei... Foi mal...

- Eles eram do quê dessa vez?

- Cereja.

- Cereja... sei...

- Fresca.

- Fresca? Existe isso por aqui?

- Então, Padre, bombom de cereja fresca! Não dá pra resistir, dá?

- Bem, já que eram cerejas frescas vou considerar como uma espécie de... atenuante. Vão ser só cem Ave Marias.

- Valeu, Padre!

Diante desse fato, mais do que evidente, pensei o seguinte: e se a Igreja se modernizasse um pouco e estabelecesse um esquema de pontos, como aquele do Detran? Poderia ser interessante, não? Continuaria tudo como está, ou seja, uma só chance aqui na Terra, depois seria Belzebu ou Querubins, mas pelo menos teríamos uma esperança, ainda que ínfima, de chegar ao paraíso.

Nesse esquema, cada tipo de pecado geraria uma quantidade de pontos a mais na carteira, pontos esses que teriam prazo de validade...

- Padre, perdoe porque pequei.

- Quais são as suas dívidas, meu filho.

- É aquela vizinha, Padre! Ela insiste em trocar de roupa com a janela aberta! Não dá pra não pensar... naquilo!

- Ela ainda é namorada do seu amigo?

- Não! Terminaram... Parece que alguém andou mandando emails anônimos pra ela, contando uns podres dele, coitado...

- É mesmo? Não me diga!

- Ei! Eu não tenho nada a ver com isso! Só comentei com o senhor e com ele mesmo. Foi um azar eu ter feito isso na frente da Marcinha, aquela fofoqueira! Mas nem dá pra dizer que foi ela.

- Sei!

- Juro!

- Bem, sem o agravante do nono mandamento, você sabe, passam a ser só mais três pontos na sua carteirinha. Está aqui.

- Valeu!

- Espere aí! Foi só pensamento ou teve algum... hummm... ato que o acompanhou?

- Bem... Pra falar a verdade, comprei um creme depilatório, assim, só pra garantir...

- Então, meu caro João, são seis pontos!

- Mas, Padre! A carne é fraca! Assim o senhor vai me deixar no limite dos pontos!

- Compre uma cortina nova!

- Não tem uns pontinhos pra expirar aí? Dá uma olhada.

- Tem.

- Quanto tempo?

- Dois meses.

- Dois meses?!! Padre, o senhor não está me deixando nem na mão, está me deixando só no pensamento! O senhor não viu a minha vizinha, não vai dar...

- Blackout! Blackout, João!! Compre um blackout!

Ao atingir o limite, o fiel teria de passar por um cursinho, tipo catequese, para zerar a pontuação. Sem isso, nada de nuvenzinhas brancas depois. Claro que teriam os crimes sem apelação, com recolhimento imediato da carteira, anteriormente conhecidos como excomunhão. É preciso repaginar o vocabulário a fim de conquistar o público de diversas camadas.

Obviamente, é só um esboço de idéia, ainda precisariam ser trabalhados alguns detalhes, estabelecidas metas de campanha, boladas umas peças publicitárias, enfim, deixo essa parte para o setor de marketing do Vaticano. O que tenho certeza é de que isso atrairia de volta as ovelhas desgarradas, todos os fiéis perdidos para a concorrência. Bem, nem todos, para falar a verdade...

- João! Maria! Que alegria encontrar vocês!

- Padre?!!! Mas o que é que o senhor está fazendo aqui? Sai pra lá Cérbero, vai ver se eu tô na barca do Caronte, vai!

- Pois é...

- O que é o que o senhor está comendo?

- Bombom de cereja. Quer? São frescas!

- Ei! Eu tô reconhecendo essa moça aí do seu lado: é a minha vizinha!

- Pois é...

- Não vai me dizer que aquelas mensagens anônimas...

- Não! Imagine!

- E como é que logo o senhor veio parar aqui?

- Eu estava com a carteira vencida, sabem? Aqueles almoços de fim de semana... uma loucura! Me enrolei um pouco pra fazer o cursinho de reabilitação, daí a Grande Ceifadora veio de uma hora pra outra e, já viu! Vim parar aqui.

- E os bonbons, a vizinha...

- Como eu não tinha mais nada a perder mesmo, decidi me deixar levar de uma vez pelos pecados mortais. Dá uma licencinha que tá rolando um churras ali naquele caldeirão e eu tô indo pra lá. Querem vir também? O pessoal é super animado.

- Não, não, obrigado.

- Então, tá! Tô vazando! Fui!

É preciso reconhecer que, mesmo com as mudanças, o inferno não deixaria de ser um lugar cheio de gente interessante...

sábado, 20 de junho de 2009

Boa notícia!

As idéias voltaram!!!!

Mas o tempo.... Buáááááááá!

Só mais uma semana e chegam as férias... Por enquanto, só mensagens enigmáticas no Twitter.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Será que ainda existo?

O que está acontecendo comigo? Não consigo mais escrever...

Deserto das letras, talvez?

Já tentei encontrar mil razões e até mesmo essa constante busca das razões e de tentar compreender tudo e todos que me cercam está me cansando!

Sei lá...

Comecei a usar o Twitter.

Mais uma coisinha pra ocupar o que não tenho: tempo!
Um item a mais a ser abandonado no meio do caminho.
Outra ponta solta de mim por aí...

Definitivamente, acordei de mau humor hoje!