segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Êta ela!

Na minha cabeça existem várias imagens para representar o paraíso. Esta é uma delas:


Uma caixa cheia de coloridas linhas de bordar é, para mim, uma coisa que existe com certeza no paraíso. E, exatamente as linhas dessa foto, são para lá de especiais. Essa é a caixa de linhas de bordar à máquina da minha avó Jandyra.

Há poucos meses estive com essa caixa nas mãos e fiz várias fotos para poder ficar olhando pra elas quando estivesse me sentindo no inferno ou no purgatório.

Desde muito pequena eu via essas linhas, brincava com elas, ficava encantada principalmente com as matizadas, essas que têm duas ou mais cores e fazem esses retroses listadinhos. Ficava horas ao lado da máquina de costura, observando o sobe e desce dos pés dela apoiados no pedal, que fazia girar a roda, que movia a correia de couro presa à máquina, que fazia a agulha subir e descer enquanto ela movimentava o bastidor para frente e para trás criando, aos poucos, os trabalhos maravilhosos que temos espalhados pela família.

Se hoje eu simplesmente não consigo viver sem estar próxima de linhas, agulhas e tesoura como vocês podem ver aqui, certamente é porque meu DNA tem o gen que obriga as mãos a trabalharem constantemente para criar peças, tramas, objetos... Não nasci aranha por puro acaso. Ou talvez tenha sido aranha em outras vidas, quem sabe? A verdade é já mudei de profissão várias vezes, já fiz de tudo um pouco. A única coisa que permanece inalterada para mim, desde os 7 ou 8 anos de idade, é essa ligação com tecidos e linhas. Minhas duas avós, Rosa e Jandyra, passaram elas também suas vidas enroladas aos fios, tecendo teias de bordados e rendas. Além de neta, no caso da minha avó Jandyra, ainda sou afilhada. Não tinha mesmo como escapar!

Jandyra, como vocês podem ver, é a imagem da avó típica: óculos, cabelos branquinhos, quitutes na cozinha e aquela ligação direta com o povo lá de cima. Terço constantemente na mão, é a ela que sempre recorremos nos momentos de necessidade: Vovó, tenho uma prova super difícil amanhã. Faz uma oração aí, por favor! Tráfico de influência, eu sei. Mas é que a reza dela sempre foi poderosa. Entrevista de emprego, cirurgia, dor de cotovelo, parto... Nada deixou de sair da melhor forma quando ela intercedeu por nós.

Só que o molde de vovozinha das histórias infantis termina por aí! Muito além da Jandyra que a gente vê na foto, tem a alegria, força e vitalidade que explodem onde ela estiver!

Não tem como ignorar sua sonora gargalhada, sem medo de mostrar que está feliz! Ela jamais deixou de expressar por inteiro as emoções, seja de alegria, seja de tristeza, seja de raiva ou de irritação. Nunca me esqueço de uma vez, eu devia ter uns 12 ou 13 anos, quando ela ficou na nossa casa tomando conta dos netos durante uma viagem dos meus pais. Nem sei o que é que eu e meus irmãos estávamos aprontando, só me lembro dela empurrando para longe uma mesinha de centro com o pé e gritando: MERDA!

Isso aí! A vovozinha de cabelos branquinhos sabia muito bem se fazer ouvir quando precisava! Só que a grande verdade é que são raríssimos os momentos como esses que eu tenho guardados na memória. Quando penso nessa minha avó, o que me vem à cabeça são imagens de risos, dança, festa e alegria. E não dá pra dizer que ela nunca tenha tido motivos para reclamar. Teve sim, e muitos!

Aos 11 anos, mais velha de cinco irmãos, perdeu a mãe que tinha apenas 28 anos. O pai dela, meu bisavô, era um homem ligadíssimo à beleza, trazia a si mesmo e aos filhos sempre bem arrumados de acordo com a vanguarda do mundo fashion, que devia chegar com décadas de atraso à pequena cidade do interior de Minas Gerais. Não importa! Minha avó Jandyra devia ser a própria imagem da melindrosa dos anos 20, com sainhas curtas e chapéus enterrados na cabeça.

Com a morte da mãe ela foi morar com tias que, escandalizadas com aquelas modernindades, costuraram tecidos quaisquer aos vestidos que ela teve de usar mesmo assim. O pai se casou de novo anos mais tarde e a madrasta tinha quase a idade dela. O relacionamento foi difícil, mas as duas se reconciliaram anos depois. Ela também se casou, teve filhos, e diante das dificuldades da vida no interior de Minas, viajou com o marido e a prole para começarem nova etapa no Paraná. Dito assim parece simples. Mas não consigo deixar de ficar impressionada e curiosa em imaginar como aconteceu essa viagem de mudança com nove filhos pela mão e a décima na barriga, de trem, por mais de mil e duzentos kilômetros de distância! A filha mais nova (minha mãe), tinha pouco mais de dois anos! Ela tinha toda a razão de repetir muitas vezes, deixando completamente a modéstia de lado: Êta eu!

A vida recomeçou no norte do Paraná e por ali seguiu. Com os dez filhos. Além desses, alguns abortos. Mas raramente ela comentou os filhos que não vingaram. Ao longo dos anos foi cada vez mais normal as pessoas se espantarem com a sua força e vitalidade. A resposta foi sempre a mesma: 10 filhos, 34 netos, 39 bisnetos e 3 tataranetos! Êta eu!

Não é que minha avó Jandyra não tivesse consciência das dificuldades pelas quais passou. Tinha. Mas ela, sem ignorar o lado feio da vida, sempre fez questão de focalizar o olhar no lado bonito dela. E essa concentração na visão do belo fez com que ela se sentisse sempre cheia de razões para ser feliz. O ruim existia, claro. Mas era solenemente ignorado.

Há mais de 20 anos um problema na coluna a obrigou a usar constantemente um colete ortopédico. Posso imaginar o quanto deve ser desconfortável um colete ortopédico. Mas o que ela fez foi aproveitar o colete para andar toda empertigada e ainda mais elegante. O colete impediu que ela curvasse os ombros e adotasse a atitude derrotada que eu vejo em tantas pessoas, às vezes bem mais novas do que ela.

Agora que parei para pensar no tempo do colete, vi que os números associados a essa minha avó são sempre grandes. Desde a numerosa descendência até os tempos de experiência...

No começo falei dos seus bordados à máquina, coisa que ela começou a aprender ali pelos 10 anos de idade. São mais de 80 anos de experiência já que ela completou 96 anos no ano passado. O colete ortopédico não deixava mais que ela ficasse sentada muitas horas seguidas. Em vez de reclamar, decidiu aprender crochê. Aprender uma coisa nova aos 70 anos de idade! E eu vejo tanta gente de 40 por aí dizendo que já cansou...

Recentemente descobri que sou um plâncton. Hoje penso que minha avó Jandyra sempre foi um plâncton. Só não se deu conta disso. A vida a foi guiando por caminhos diversos, nem sempre fáceis, e ela se deixou levar. Em cada novo destino encontrou seu bem-estar e continuou a descobrir razões para gargalhar e ser feliz. E, se por acaso alguma contrariedade pegava fundo, se a irritação viesse, sua reação era cantar. Não dizem por aí que quem canta seus males espanta? Quando começava a cantar a gente já sabia que ela estava espantando os seus males.

Eu me sinto um pouco pretensiosa em encontrar semelhanças entre nós duas, já que minha admiração por ela é imensa. Mas não consigo deixar de notar essas proximidades. Desde a mais bobinha delas, a coincidência nas iniciais e quantidade de letras dos nomes, Jandyra e Juliana, até o fato de sermos ambas librianas, apaixonadas pelo bordado e pela máquina de costura, enlouquecidas por flores e por um lindo pôr-do-sol.

Deve ser essa atração do libriano por tudo o que é bonito e harmônico. Nem sei quantas vezes ouvi minha avó comentar a respeito da sua própria roupa que Essa costurinha aqui da gola combina direitinho com a cor da minha meia, você viu? Também sou obcecada pela combinação de cores até mesmo nas peças que não se podem ver, se é que vocês me entendem, que sempre que possível vão combinar com a roupa que eu estiver usando. É mania, eu sei! Mas agora vocês sabem que é herança genética e que esse tipo de herança é incontrolável.

Quanto às flores, nunca consegui ter seu dedo verde... Adoro flores, não tem como passar por elas sem me sentir atraída, sem, no mínimo, olhar. Mas não consigo ter um vasinho sequer na minha casa. Já minha avó cercou suas casas de flores. Seus jardins sempre foram os mais floridos da rua e, até mesmo na hora de casar, ela conseguiu encontrar um marido cujo nome de batismo era a versão masculina do nome de uma flor: Accácio.

Claro que eles devem ter tido suas dificuldades como qualquer casal, é evidente que essa união foi como todas as outras, feita de concessões e ajustes de ambas as partes. Mas a imagem idealizada que eu tenho dos dois é a de uma união de corpo e alma, daquelas de filme da sessão da tarde, que fazem a gente dar um longo suspiro no final e dizer isso é coisa que só acontece no cinema...

Quando ele se foi, ela instalou rodinhas nos pés e passou a viajar constantemente, pulando da casa de um filho para a casa de outro. Provavelmente foi o jeito plâncton que ela encontrou de driblar a tristeza e de enganar a memória. Estando sempre fora de casa, ela podia criar a ilusão de que um dia voltaria para a sua própria casa e para o seu companheiro. Sábia Jandyra... Foram mais de 50 anos de vida em comum com aquele que o inconfundível sotaque mineirês transformou em Cassim.

Aliás, o tal do mineirês corre forte nas minhas veias. De tanto ouvir da minha avó frases como Tô pelejano nesse fugão pra fazê uma abobrinha afogadinha, tenho a sensação de que vivi nas Minas Gerais. É incrível isso, mas mesmo sendo paranaense, tenho saudade de Minas. Saudade do que não vivi, dos lugares onde não morei, das paisagens que não vi. Talvez seja por isso que eu faça tantas fotos. Procuro captar e fixar as imagens que tenho dentro de mim como uma forma de materializar minhas emoções. Uma tentativa de me traduzir em imagem. A chegada da máquina fotográfica digital permitiu que eu extravasasse meu interior sem medo e sem culpa, e nos últimos anos acumulei milhões de bytes em fotos.

Meus objetos mais freqüentes de cliques são, não por acaso, as flores, uma bela paisagem, um lindo pôr-do-sol, e o que eu chamo de texturas, cliques em close de cascas de árvore, pedras, areia, água... Uma vontade de captar o detalhe, a cor em estado puro, quem sabe, para com elas tecer um bordado de vida.

Como disse, as flores são minhas musas assim como um belo pôr-do-sol e, na grande maioria das vezes, era na minha avó que eu pensava quando via o resultado das fotos. Sei que não sou original nos meus temas fotográficos, mas não tenho qualquer pretensão profissional nessa área. Quero apenas refletir nelas o que carrego dentro de mim. E essa paixão pelo pôr-do-sol e suas cores mutantes é igualmente herdada da minha avó.

Um dia assistíamos as duas a um poente maravilhoso que era possível observar da janela do apartamento em que eu morava nos meus já longínquos 17 anos. Hoje uma cortina de prédios se interpõe entre meus olhos e o sol mas, naquela época, do oitavo andar tínhamos garantidos espetáculos quase diários. Naquele dia eu e minha avó olhávamos mudas para o sol que se escondia no horizonte, invejando secretamente a capacidade da natureza de brincar com as cores daquela maneira desconcertante. Num determinado momento, sem desviar os olhos do céu em brasa, ela me disse: Depois que eu morrer, quando você assistir a um pôr-do-sol desses, lembre de mim.

Eu olhei para ela querendo esboçar um protesto porque para mim ela era imortal. Mas não disse nada. Segui meus dias e meses assistindo a tantos outros ocasos e, nos últimos anos, fotografando todos os que consegui. Na última semana tivemos dias lindos em Curitiba, mas infelizmente a correria em que vivo não me deu a chance de ver nenhum pôr-do-sol. O que eu desconfio, é que eles devem estar muito mais bonitos, já que minha avó Jandyra, há sete dias tomou um grande embalo nas rodinhas sob seus pés e fez mais uma viagem, a última aqui dessa nossa Terra. O céu certamente está muito mais bonito e decorado. Provavelmente, logo estará também cheio de toalhinhas bordadas, é certo!

Agora minha avó Jandyra já é também parte do meu arsenal de imagens. Uma imagem composta de tantas outras, de flores, de paisagens, de bordados, de cores e de poentes. A partir de agora, minha avó existirá dessa forma dentro de mim:

Mosaico criado com o programa AndreaMosaic 3.23 Beta (referência no fim do post)

Usei um programa de computador que transformou parte das minhas fotos particulares nesse mosaico. Quanto mais de longe a gente olha a imagem, melhor enxerga a foto original...

Quando ela fez 90 anos, muita gente da família escreveu uma pequena história sobre ela e essas histórias foram reunidas em um livro. Eu quis muito escrever alguma coisa também naquela época, mas não consegui. Por quê? Não sei... Acho que ainda me faltava muita compreensão da vida. Da minha própria e também da vida dela. Eu não estava pronta. Senti muito não ter contribuído com aquele livro que ela tão orgulhosamente mostrou a tanta gente.

Hoje, uma semana depois de ela ter ido embora, com sete anos de atraso, faço a minha homenagem e coloco em palavras a imensa admiração que tenho por ela e pela vida que ela viveu.

Quero, como ela, ser capaz de diminuir a importância dos maus momentos, para enaltecer os bons. Quero ter vontade de aprender coisas novas aos 70, 80, 90 anos. Quero dançar no baile de formatura dos meus netos até às seis horas da manhã como ela dançou no meu quando tinha 82 anos. Quero me olhar no espelho aos 94 anos e dizer Não sei, mas acho que estou começando a ficar um pouco enrugada... Quero fazer meus bordados e costuras enquanto meus olhos e minhas mãos suportarem.

Não... Contrariamente ao que eu pensava aos 17 anos, minha avó não era imortal. Não aqui na Terra. E, pensando bem, o doce Accacinho já devia estar morrendo de saudades da sua Jandyra. No meu mundo interno, povoado de imagens, eu tinha de criar uma também para esse momento. Mas para isso não tinha máquina fotográfica, nem programa de computador que desse jeito. Por isso, inspirada num desenho que vi num jornal quando morreu o cantor Gonzaguinha, criei agora minha própria cena, como eu acredito que ela aconteceu. É uma pena que eu não lembre o nome do artista que fez o desenho que inspirou o meu (nem mesmo a santa Internet conseguiu me ajudar dessa vez). Mas tudo bem. Minha imagem está criada, desenhada a mão mesmo, e deixo aqui como parte dessa homenagem.

Lá de onde eles estiverem, espero que consigam também ver o que desejei para os dois...

Êta eles!

Versão para impressão

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A Internet é realmente uma coisa maravilhosa! O mosaico criado com a foto da minha avó só foi possível porque encontrei um excelente programa gratuito na Internet chamado Andrea Mosaic. Aqui vão os dados para quem quiser também utilizá-lo, ou conhecer os interessantes trabalhos que podem ser feitos:

AndreaMosaic Beta
Copyright (c) 1997-2008 Andrea Denzler
Version 3.23 Beta Tile Aspect Ratio 12:9
http://AndreaPlanet.com/andreamosaic

Para quem quiser baixar o mosaico e ver todos os pedacinhos individualmente, clique aqui.

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Caso esteja aparecendo uma mensagem de erro no momento de baixar os arquivos (fotos e texto), deixe para voltar ao site em outro momento. O Yahoo (local onde coloco os arquivos para download) tem um limite diário de acessos. Uma opção é clicar o link com o botão direito do mouse e selecionar a opção Salvar destino como.

17 comentários:

  1. Querida Juju, minha avó se foi quando eu tinha 24 anos e ela somente 67, sempre achei que ela fosse imortal, mesmo tendo passado 14 anos ainda penso isto, mas pra mim ela tá tão longe... tão fora do meu alcance...não sei se entende, é muito egoismo meu, mas eu gostaria que ela também fosse embora com a idade da sua querida... obrigada pelo lindo Post.
    Beijos

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  2. Eta sorte a sua s^o...
    Foi de chorar.
    Deus te proteja.
    Beijos
    denise

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  3. JUJU,
    Você é DEMAIS!!!
    Mesmo morta de sono, não consegui parar de ler.
    "Saudade do que não vivi" eu entendo, agora ainda mais.
    Êta, uma avó Jandyra!! A minha avó era Ignez e nem era mineira, mas tinha lá suas manias planctonianas.
    E bordava. Ponto de cruz como ninguém.
    Ponto cheio, richilieu, bainha aberta.... o scambau.
    Ensinava a gente a bordar e ralhava em alemão dizendo uma frase impronunciável que queria dizer: Fio comprido menina preguiçosa.
    Cara de pau eu né? Peguei carona na homenagem da tua avó para falar da minha.
    Êta avó! Essa criatura incrível, deliciosa, dura que nem pedra e com aparencia de eterna mesmo.
    Doces queridas.
    Beijo Ju
    Marie

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  4. Maninha, AMEI!!! Agora tenho onde vir passear quando a saudade apertar. Tenho certeza que vou reler muitas vezes, e assim não deixarei que a lembrança da vovó desapareça com o tempo. Agora tenho onde reencontrá-la sempre... Obrigado...vc se superou mais uma vez. Valeu a pena esperar 7 anos pelo seu texto!

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  5. Que linda história. Emocionante. Linda homenagem!!! Beijocas

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  6. Ju, quando eu vi aquela foto das linhas na hora lembrei da minha avó, só que não tinha lido ainda, e que se tratava das linhas da sua avó também. Eu amava as linhas da minha avó ela fazia bordados lindos a máquina. Sabe que eu aprendi com ela a fazer bordado a máquina, isso qdo tinha uns 13 anos, aquele bordado que vc põe bastidor, paninho desenhado e vai livremente preenchendo os desenhos com a máquina. O tempo, a vida deixou lá pra trás essa experiência e sempre tenho uma vontade louca de voltar a fazer mas cada vez que lembro não sei porque acabo não fazendo e sinto uma dor imensa que me faz chorar. Minha vó já se foi a 20 anos atrás mas parece que foi ontem. Sabe "Ju" depois de ler seu texto e chorar muito tomei uma decisão vou sentar e tentar fazer pelo menos mais um bordado a máquina como ela fazia. Beijão pra vc.

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  7. Andréa
    Eu também achava que nunca ia chegar a hora em que eu achasse que minha avó podia "ir". Mas chegou e hoje eu sinto que ela não vai ficar longe de jeito nenhum!
    Beijo!

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  8. Denise!
    Sorte MESMO!
    E que bom que eu pude aproveitar a companhia dela por aqui...

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  9. Marie
    Avós como as nossas já não existem mais... As avós de hoje em dia são modernas demais! :-)
    E continuarão a não existir! Vc se imagina como a sua avó? Eu não me imagino como a minha... A começar pela coragem de assumir os brancos, que já tomaram conta!
    Beijão pra vc!

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  10. Maninha!
    Obrigada! A gente vai se esbarrar com ela por aí sempre! Nas toalhinhas espalhadas pela casa (agora a máquina de costura dela está na sala aqui de casa, com o chapéu do vovô em cima!)
    Não tem como esquecer!
    Beijão!

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  11. Isabel!
    Vindo de você o comentário eu fico toda orgulhosa! Obrigada mesmo!
    Aos meus leitores eu recomendo o blog da Isabel (Beleleo). O link está ali do lado na lista de Blogs literários. Vale a pena uma visita!
    Bjs

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  12. Sol
    Agora foi vc quem me emocionou!
    Se der, manda foto do bordado depois...
    Eu tentei aprender a bordar com ela. Mas fui protelando, protelando... A gente sempre acha que vai existir um "depois". Mas esquece que a vida só acontece no "agora". Vai lá fazer um bordado! Vai te fazer muito bem!
    Bjs

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  13. Ju,
    Será que meu comentário anterior não chegou??? Sou meio "lesada" nesses negócios de computador. De qq forma, só queria dizer que seu texto está lindo. Onde quer que esteja nossa avó, deve ter amado...
    Bjo da prima,
    Eloisa

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  14. Oi Elô!
    Não chegou :-(
    Essas coisas de computador são assim mesmo! É por isso que uma amiga deu o nome de "irritador" pra eles!
    Que bom que vc gostou! Eu me lembro até hoje de uma cartinha que vc escreveu quando o vovô morreu! Tem umas coisas que ficam na cabeça da gente...
    A família toda sumiu do Orkut! Procurei vc, o Rafael e a Elisa! Não achei ninguém :-D
    Beijos

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  15. Ju, querida, que coisa mais linda você foi capaz de escrever... Quando a gente resolve abrir o coração sem medo, o amor vem de forma pura e doce, capaz de invadir tudo!
    Fico feliz que você tenha conseguido escrever para sua avó, mesmo atrasadinha, apesar de acreditar que não existem atrasos, existe o momento agora, que foi perfeito para seu texto!

    Como você pode perceber, eu voltei!! E soube aqui que sua vózinha não está mais entre nós... Acho que foi a maneira mais bonita de saber disso. Obrigada!

    Beijos com carinho, Liliane

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  16. Bonita intimidade de amor entre neta e avo.
    Vc me fez lembrar dos meus momentos que tive com a minha avo,ela costurando e eu tão pequeno 5 anos brincando aõs seus pés e o pedal da máquina, com seus careteis de linha,a se eu podese apertar um botão e voltar no passado só para viver tudo de novo,que saudade.

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  17. lindo depoimento e saiba essaslinhas para sua vo significava p poder de criar se realizar eser feliz porque tbem bordo e qdo estou trabalhando me sinto feliz

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